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HISTÓRIA

Diego é neto de José Vitor, o artista!

COMO TUDO COMEÇOU

Em Barbacena (MG)

Foi com um tabuleiro que José Vitor Furtado iniciou as vendas de pastéis.

Ninguém aqui é mexicano, mas tudo nasceu quando José Vitor Furtado (nosso falecido pai) trabalhava na Companhia Têxtil Ferreira Guimarães e vendia pastéis depois do expediente para ajudar no orçamento. Começou fazendo isso em Barbacena, onde  morava, ainda na década de 60. Vendia em feiras, escolas e eventos. Eram 100 pastéis num tabuleiro térmico, 20 de cada tipo. Ele tinha criado uma massa diferente e várias novidades para a época, onde normalmente só existiam os pastéis de carne ou queijo. Ele colocou uns recheios diferentes, frango, napolitano, frango com queijo, queijo com banana e isso fazia muito sucesso! Ele saía da fábrica e chegava a vender vários tabuleiros, tudo com a ajuda da nossa mãe, Neide Delage Furtado. Colocava um sombreiro, que temos guardado até hoje, além de um bigode postiço, e saía falando com um sotaque castelhano: “Pastel grande, bonito e gostoso. É máximo asseio e cheinho por dentro”.

 

As pessoas começaram a chamá-lo de Mexicano.

 

Foram 10 anos em Barbacena e já são mais de 40 anos em Juiz de Fora.

 

Quando o negócio começou a melhorar em Barbacena, ele largou o emprego na fábrica, já que estava ganhando mais dinheiro com os pastéis. Na sequência, comprou um pequeno trailler e o negócio foi crescendo. No início ele vendia muito mais pelo jeito com que anunciava o pastel. “O importante é tratar a todos com carinho”, ele sempre dizia.

 

 

Todos querem saber o “segredo da Mexicana”:

Qualidade é muito importante, depois o tempero e em terceiro lugar, nunca guardar nada para o dia seguinte. Tudo deve ser feito na hora e sempre fresquinho. Deve-se caprichar na massa. Nós fazemos um tipo de massa de pastel que é diferente. Ela é mais crocante. Não como um pastel de vitrine que acaba ficando duro.  Acaba de fritar e já pode entregar ao “freguês”.

 

Os pastéis são mesmo diferentes. A concorrência tenta imitar, mas é muito difícil. Não é à toa que a freguesia é tão fiel e grande. A coisa não é complicada. É tudo simples, sem sofisticação, mas é muito bem feito e com muita limpeza.

 

Tem muitas história de fregueses de outras cidades, jornalistas de fora, americanos, saiu até matéria na Folha de São Paulo, chegou até a encontrar freguês em Santa Catarina. Pessoas famosas como Chico Anysio e Itamar Franco também fazem parte da freguesia. Itamar também era um freguesão!

 

A simplicidade atrai desde o público de bermuda e chinelo até a classe A.

 

Sucesso:

Gostar daquilo que faz e deixar de lado o interesse de ficar rico da noite para o dia. Diminuir a margem e vender mais, além de manter a freguesia. Trabalhar com bom humor. Baixo astral só traz problema. Desde 2010 a Pastelaria Mexicana é administrada por nós três, que estamos a frente de 20 funcionários, aproximadamente. Continuamos levando aos fregueses e amigos o mesmo carinho e dedicação deixados pelo saudoso e verdadeiro “artista”.

 

Por suas filhas, Suzy, Andréa e Vânia.

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